top of page

No Largo do Amauriz houve uma garagem. Puderam-se ali juntar as vontades resultantes e uma época de grande capacidade de mobilização coletiva.

À semelhança de outras Cerci`s que se formaram por todo o país, a Cercidiana também resultou de um forte empenhamento que agregava pais, professores e outras pessoas que se interessavam pela qualidade de vida das crianças com deficiência. É que a escola de então, não considerava nas suas políticas inclusão de crianças com deficiência no sistema regular de ensino.

11 de Agosto de 1977 marca o acto de fundação da CERCIDIANA, na altura chamada de Cooperativa para a Educação, Reabilitação e Inserção de Crianças Inadaptadas de Évora.

E a escola fez-se. Uma escola especial, para pessoas especiais – frase muito utilizada numa altura em que o lema se resumia em conferir também os direitos à escolaridade para quem à partida parecia não valer a pena investir. O logótipo, cor de uma laranja fresca, trazia o templo Romano e uma flor que sorria.

O Monte das Cortiçadas. A casa grande, vazia dos donos após o 25 de Abril, fora tomada por uma Cooperativa Agrícola que a cedeu à Cercidiana. Primeiro local de abrigo para a implementação de um conjunto de princípios norteadores sobre o que deveria então ser a educação da pessoa com deficiência mental. O Ministério da Educação criara a Divisão de Educação Especial. A legislação contrariava o até então vigente, de pendor meramente assistencialista, para promover como princípio subjacente o facto de que estas pessoas têm competências que lhes permitem a aquisição de conhecimentos e aptidões tendentes à sua autonomização. O autocarro e o motorista eram da Rodoviária. Mais tarde a Rodoviária ofereceu o autocarro à Cercidiana. Contratou-se o primeiro motorista.

 

1980. Com apoio da Fundação Calouste Gulbenkian adquiriu-se a Quinta do Feijão. Realizaram-se muitas obras, porque a Escola tinha muitos alunos. Que cresceram e que exigiram outras necessidades. Era preciso prepará-los para o trabalho. A Integração

1982. Pré-Profissional, para todos os que puderam agarrar a oportunidade. Contudo, as pessoas com multi-deficiência e deficiências mentais profundas e graves necessitaram de uma outra resposta que na altura se formou fora da Cercidiana.

 

1991. Constitui-se a Formação Profissional. A entrada de Portugal na Comunidade Europeia permitiu o acesso a verbas e programas inovadores. A Habilitação. O Acesso ao Emprego. A mudança de mentalidades.

 

1993. Pode ser constituído o Centro de Atividades Ocupacionais a funcionar na Quinta do Feijão, já legitimado e aceite pelo Ministério da Segurança Social como uma resposta premente, fundamental, para aqueles em que era preciso acima de tudo acentuar o que são os pressupostos da Inclusão. Esta viragem deu-se com a alteração do Código Cooperativo as Cerci’s, que até então pertenciam ao ramo cooperativo do ensino, passaram a estar integradas no ramo da solidariedade social, fazendo corresponder assim à pluralidade de intervenções que já estavam a ser asseguradas.

 

1997. A parceria com a então Equipa de Coordenação dos Apoios Educativos nº 2 de Évora deu o início formal ao Serviço de Intervenção Precoce. A valorização de respostas integradas; a diversificação de estratégias de intervenção de maior proximidade com as famílias e a inclusão das crianças nos seus meios naturais.

 

1998. O nome da Cercidiana perdeu a palavra “Crianças” e passou a constar a palavra “cidadãos”.

 

1999. Inauguração do Lar residencial, Casa das Pites. A Aquisição do edifício do Rossio como pólo urbano.

 

2007. Os tempos de renovação exigiram a alteração do logótipo que se entornou para um campo verde na esperança da pessoa que lá dança seja como uma qualquer outra.

 

2009. Início do processo para a certificação da Qualidade.

 

2011. Certificação EQUASS ASSURANCE in Social Services.

A nossa história

bottom of page